24 de Outubro
Heroínas da Odisseia Victor Dzenk
Heroínas da Odisseia Victor Dzenk
O estilista
mineiro completa 27 anos de estrada, reafirmando sua trajetória de sucesso ao
valorizar a exuberância e sensualidade da mulher brasileira
Filmes hollywoodianos que marcaram o gênero
ficcional/futurista e uma coleção para aguçar desejos de consumo. Dessa união
nasceu “Heroínas da Odisseia Victor Dzenk, tema da coleção outono-inverno
do mineiro Victor Dzenk exibida na 25ª edição do Minas Trend.
Na passarela, qualquer semelhança entre Leeloo, Pris,
Trinity, personagens femininas, respectivamente dos filmes “O quinto elemento”,
“Blade Runner”,“Matrix” , e as modelos do desfile não são mera coincidência. “Essas três personagens de filmes de ficção cientifica e seus figurinos,
personalidades, histórias e cenários retrofuturísticos me ajudaram a traçar o
perfil de uma mulher clássica, moderna e acima de tudo empoderada”, conta o
estilista.
A imagem impactante das modelos, de óculos escuros e cabelos
presos em sua maioria, conduziu a apresentação que misturou peças de apelo
sensual, a exemplo de vestidos com fendas e blusas transparentes, a clássicos
da alfaiataria, como camisas de manga bufante, blazer e trench coats.
Da personagem Leeloo, por exemplo, Victor Dzenk buscou
referências para compor a cartela de cores da marca, apostando em nuances de
verde bosque, tons terrosos, além de investir em tecidos de aspecto peletizado,
como cupro, e veludo. Para Pris, de Blade Runner, o estilista se inspirou em
modelagens esportivas, com gola careca e transparência localizada, além de
peças com modelagem fluida e tecido com toque de seda. Seu figurino trouxe para
a coleção os tons de nude, bege e rosê. Golas carecas e transparências
localizadas. Já Trinity, de Blade Runner, conduziu escolhas de tecidos
encerados, com aparência de couro e vinil, assim como malhas cirrê, náilon,
veludo com brilho e fivelas de rolete nos cintos de couro.
A cereja do bolo, no entanto, foi a estamparia. Na narrativa
planejada para a apresentação, imagens de explosão cromática da queima do vidro
desenvolvidas pelo artista plástico Célio Olímpio não passaram despercebidas.
Aos olhos de leigos, a imagem se assemelha à constelação órion e foi assim que
o estilista batizou o desenho exclusivo.
Fotos: Danilo Grimaldi / Agência Fotosite