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29 de Julho

Polo de moda de Divinópolis lança “Marca Coletiva do Vestuário”

Em ação pioneira no país, a Marca Coletiva do Polo da Moda de Divinópolis foi lançada oficialmente na última sexta-feira (26). O projeto, coordenado pelo Sindicato das Indústrias do Vestuário de Divinópolis (SINVESD), em parceria com o SEBRAE, integra o programa FIEMG Competitiva, que tem como objetivo aumentar a competividade das indústrias de Minas. O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, prestigiou o evento, além de empresários do setor confeccionista, representantes de entidades de classe e autoridades regionais. 

Com a Marca Coletiva, as 237 empresas associadas ao SINVESD e as indústrias da confecção das 19 cidades que compõem o Polo da Moda de Divinópolis poderão adquirir o selo, que garante a procedência do produto. De acordo com o presidente do SINVESD, Marcelo Marcos Ribeiro, as empresas precisarão cumprir alguns trâmites para conquistar a Marca Coletiva. “Nosso produto será mais qualificado porque a confecção precisa cumprir exigências que garantem a qualidade e respaldam esse produto”, explicou. 

A indústria da moda em Minas é a segunda maior empregadora do estado, com 9.750 empresas (13,4% do total) e 127.971 empregos. No Centro-Oeste, o segmento corresponde a 8,9% do ICMS recolhido. De acordo com o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, a Marca Coletiva vai fomentar os negócios da região, melhorar a visibilidade de Divinópolis enquanto Polo de Moda e fortalecer o setor como um todo. “Ações coletivas são o futuro da nossa cadeia produtiva”, enfatizou. Roscoe destacou também a importância do apoio técnico e financeiro da Federação para a concretização do projeto, “Com a FIEMG Competitiva esperamos implementar mais ações que façam a diferença no desenvolvimento da indústria”, reforçou. 

O projeto de construção da marca teve duração de seis meses e foi desenvolvida pela equipe técnica do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema FIEMG. O trabalho envolveu atividades de sensibilização dos empresários; pesquisas para identificar características comuns das empresas  e perfil dos clientes; tendências de mercado; elaboração do regulamento da marca; planejamento estratégico da marca coletiva e criação da identidade visual da marca.

Para o presidente da FIEMG Regional Centro-Oeste, Paulo César Costa, que também é empresário confeccionista, a Marca Coletiva é um modelo de negócio que tem dado certo no mundo inteiro e será um marco para o Polo de Divinópolis. “Esse selo será um divisor de águas. Divinópolis será conhecida antes e depois da Marca Coletiva, que vai fomentar o desenvolvimento da região e contribuir com o aumento da competitividade da indústria. A confecção é um setor que cumpre um importante papel na geração de emprego e distribuição de renda na região e merece essa atenção”, finalizou.

O destaque do evento foi a palestra do economista, consultor internacional e sócio sênior da Diomedea, o italiano Enrico Cietta, que tem feito vários trabalhos no Brasil em parceria com o SEBRAE. De acordo com Enrico, a moda não é um produto totalmente criativo, nem totalmente manufatureiro. “Por ter esses dois aspectos é um produto criativo híbrido, composto tanto pelo material quanto pelo imaterial, que é o valor construído através da marca e de significados. Ter essas duas cadeias de valores interligadas significa que o lugar onde a peça é produzida faz toda a diferença. E a melhor maneira para unir as duas cadeias de valor é pensar o modelo de negócio da empresa de forma inovadora", diz Cietta.

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