19 de Abril
Minas Trend aponta caminhos para transformação no setor
Em coletiva de imprensa, presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, aponta a importância do evento
para o cenário da moda nacional e como o ‘Phygital’ se tornou uma solução que veio para ficar
O 27ª Minas Trend foi aberto oficialmente nesta terça-feira (19) com uma coletiva de imprensa
com Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, e Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae
Minas. Flávio Roscoe destacou, inicialmente, que esta é a 27ª edição do Minas Trend, mas, na
verdade, é o seu renascimento, uma vez que é a segunda edição pós-pandemia. “O efeito
pandemia teve um impacto muito grande em toda a sociedade e isso não poderia ser diferente
no segmento de moda, na realização dos grandes eventos, como o Minas Trend, que sempre
teve grande tradição, com fluxo muito grande de compradores e expositores”, destaca.
Segundo Roscoe, a FIEMG tomou a decisão, seis meses atrás, de fazer a primeira edição póspandemia, pois o setor necessitava de fôlego para uma retomada. “Nós estamos reconstruindo
o evento, avaliando outras propostas para torná-lo mais dinâmico e para captar todas as
mudanças que ocorreram na sociedade, mas também na forma de comercialização. O digital
veio para ficar, pois cada vez mais marcas acessam diretamente o consumidor. Todo o
mercado teve uma transformação”, afirma.
O presidente da FIEMG ressaltou, ainda, que os caminhos já trilhados existem, são relevantes e
continuarão servindo para fortalecer canais tradicionais, como o Minas Trend. No entanto, é
preciso começar a vislumbrar outros impactos. “Por isso, estamos pensando em manter as
edições do Minas Trend como eram, em modelo business, com mais foco no salão de negócios.
Temos como objetivo até mesmo começar a levar o Minas Trend para eventos em todo o
país”, destacou.
O evento, que tem 15 anos, já teve seu formato alterado algumas vezes e agora deve passar
por uma nova repaginação. A edição passada, ainda durante a pandemia, foi um sucesso para
as marcas que vieram e os compradores também ficaram muito satisfeitos. “Nosso desafio é
adaptar o Minas Trend à nova atualidade e ao ritmo frenético de mudanças em que a
sociedade está. No Minas Trend não poderia ser diferente”, avalia Flávio. “Com certeza, todas
essas novidades vêm para melhor e para atender os anseios da comunidade da moda”, avalia.
Segundo a análise do presidente da FIEMG, o setor de moda tem uma capacidade muito
grande de criar empregos em Minas Gerais: são mais de 150 mil pessoas empregadas nas
várias cadeias, como vestuário, bolsas, couro e têxtil. “Mesmo quem não vem aqui na feira
bebe um pouco da percepção que passamos aqui para os compradores sobre o nosso estilo,
sobre a nossa cultura e isso favorece a imagem da moda mineira no país, a projeta para toda a
América Latina e alcança até mesmo alguns compradores internacionais”, diz. Para ele, com
muita criatividade e muita capacidade de invenção, tudo pode ser alterado e transformado. “O
Minas Trend está aqui como resultado disso: 100 marcas expondo, um número muito
relevante para este momento. O setor como um todo vai sair mais forte e a gente vai criar e
construir boas alternativas”, avalia Roscoe.
“Minas tem uma tradição e uma grande história ligada à moda e o Minas Trend é de fato uma
grande sacada para ressuscitar o estado no setor de moda. E isso foi uma coisa que nós
conseguimos fazer com o Minas Trend”, afirma Afonso Maria Rocha, superintendente do
Sebrae Minas. “Falava-se muito da cadeia da moda no Brasil olhando muito para o eixo Rio-
São Paulo e, de repente, o Minas Trend aparece no cenário, entra no circuito para ditar
tendências e, acima de tudo, promover aquilo que para o Sebrae é o mais importante:
incentivar as empresas a fazerem negócios”, analisa.
De acordo com Afonso, o Sebrae Minas tem trazido para o estado micro e pequenas empresas
cujo universo representa 99% do universo das empresas brasileiras, de todos os setores. “O
que nós vivenciamos durante o período da pandemia foi uma queda significativa do setor,
porque não adiantava a indústria produzir, porque o comércio não conseguia vender, e viceversa. Durante esse período, o Sebrae Minas cresceu muito no atendimento à essas micro e
pequenas empresas, principalmente com as demandas de finanças e de MKT Digital. “Nós
conseguimos ajudar as empresas a encontrar durante esse período da pandemia alternativas
que mudaram a vida dessas empresas e, o mais importante, assim como o Minas Trend
aprende, nós também aprendemos com esse relacionamento com as empresas. O legado da
pandemia fica e agora nós estramos no modo ‘Phygital’, que é conseguir trabalhar o físico e o
digital simultaneamente”, relata. Para ele, a parceria entre a entidade e a FIEMG é um orgulho
e a intenção é que ela perdure por muito tempo. ”Queremos continuar junto, principalmente
porque temos a consciência clara da importância do Sebrae para as micro e pequenas
empresas”, conclui Afonso.
Afonso Maria Rocha, superintendente do Sebrae Minas
Flávio Roscoe, presidente da FIEMG.