PRIMAVERA - VERÃO 2018

Ano Dez

07 de Abril

Sustentabilidade e moda sem gênero são tendências marcantes entre as novas marcas do Minas Trend

Sapatos feitos com descartes de persiana, bolsas confeccionadas a partir de tecidos de decoração e couro sintético, roupas que valem para todas as temporadas e vestem homens e mulheres revelam tendências do mercado: sustentabilidade e moda sem gênero. Feitos pela designer Luiza Jordá com descartes de persianas de luxo e couro sintético, os sapatos da NHNH, grife com cinco meses de existência e presente pela primeira vez no Minas Trend são fruto de uma decisão da estilista de abandonar o uso da pele natural.

“Trabalhei para grandes marcas utilizando peles exóticas e em algum momento decidi trocar de time”, conta Luiza, que já foi da equipe de grifes como Alexandre Birman e Emilio Pucci. “Depois de um período sabático de dois anos trabalhando com designers de interiores, tive contato com pessoas que colocaram à minha disposição esses materiais alternativos. Foi a deixa que precisava. Além disso, minha família é vegana e essa essência sempre esteve em mim”, diz.

A vizinha de stand Carol Maqui, à frente d’O Jambu, marca de bolsas feitas com couro sintético, madeira e tecidos de decoração, lembra que a grife não vende matéria-prima. “Vendemos design e é o produto final o que mais importa”. O Jambu, iguaria do norte, carrega o nome por conta da sociedade de Carol, de Montes Claros (norte de Minas Gerais) com Swami Cabral, do Pará. A grife reforça ainda o conceito de moda sem gênero. “Nossas peças são feitas para quem – homem ou mulher – quiser usar”.

Roupa feita para durar


Célio Dias, nome por trás da LED, marca com três anos de existência, cria roupas que independem da temporada e de gênero. “Não gosto de dizer roupa sem gênero. Acredito que a roupa seja livre para quem quiser usar, independente de ser homem ou mulher”, diz Célio. Além disso, as peças criadas pelo estilista são atemporais, feitas em cores neutras e independentes das tendências. “A LED tem uma pegada social e não temos a intenção de tirar isso dela. Claro que queremos criar desejo. Não preciso me reinventar o tempo todo. Talvez possa reinventar a forma de usar e o cliente precisa entender isso: que a roupa carrega história”, acredita, completando: “sempre me apeguei a consumir coisas de qualidade, que possam me servir por muito tempo. Quando produzimos entendemos o valor de uma peça e queremos que ela sobreviva sim por várias temporadas”, diz.  

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