Alessandra Rubim, do Sesi MG, discutiu o papel da mulher em
cargos de liderança e empoderamento feminino
Qual
tem sido o papel da mulher em cargos de liderança no mundo contemporâneo? Essa
foi a discussão proposta por Alessandra Rubim, do Sesi MG, em palestra
realizada no prédio do P7 Criativo. A conversa fez parte do ciclo de palestras
da 29° edição do Minas Trend.
Ela
explicou as principais "barreiras invisíveis" que dificultam a Ascenção
das mulheres na empresa, também conhecidos como "vieses de gênero". "Um
dos maiores é a maternidade, que é vista pelos líderes como um empecilho que a
mulher terá para se dedicar à empresa", explicou.
Outro
problema que atrapalha as mulheres, segundo Alessandra, é a famosa
"síndrome da impostora". Isso ocorre quando a mulher duvida das sua
própria capacidade e habilidade. "Um dos principais sinais é a sensação de
não ser boa o suficiente ou não pertencer ao meio onde está. Medo de
comparação, dificuldade em receber elogios e ansiedade pós-sucesso também estão
entre os sinais", apontou.
Segundo
ela, empoderamento e autoconhecimento são os melhores antídotos para tentar
atenuar o problema. "A partir do momento em que identificamos a síndrome é
possível pensar em soluções. Um dos pontos primordiais na mudança de cultura é
justamente fortalecer outras mulheres e viver o conceito de sororidade. Assim,
todas ficam mais fortes", disse.
Alessandra
também apontou alguns caminhos para iniciar a mudança e construir um mundo com
mais protagonismo feminino. "Mulheres ainda sofrem com o machismo e temem
situações de assédio, recebem menos que os homens mesmo tendo a qualificação e
não têm acesso aos mesmos direitos que os homens. A consciência destes
problemas e se engajar para a mudança é essencial", explicou.
Ela
também falou sobre a importância da autoliderança no processo de empoderamento.
"Muitas profissionais estão bem longe de onde poderiam estar
principalmente pela falta de autoconhecimento e autoliderança, dois fundamentos
básicos para quem busca tornar-se um ser humano melhor", esclareceu.
Segundo
ela, a base da autoliderança se chama disciplina, uma vez que dedicar tempo
para pensar em si não surge de forma natural em nossos dias. "Nossa
dinâmica de vida nos envolve de tal maneira, que se não estivermos firmemente
determinados a dedicar tempo a nós mesmos e se não nos disciplinarmos para
praticá-la, a autoliderança dificilmente será uma prioridade", alertou.
Alessandra
também aponta que algumas pesquisas já mostram que empresas têm melhor
desempenho quando há atuação plena da mulher no mercado. "Quando as
empresas abordam o tema da liderança feminina e a sua correlação com o business
e com a perenidade da empresa, há um incentivo para a implementação das
iniciativas de forma mais estratégica", concluiu.
O Minas Trend é uma realização do SESI, SENAI e FIEMG, com apoio master do Sebrae Minas e patrocínio da CDL, Bling e Banco Inter.
Redação e imagens: Rodrigo de Oliveira/Content.PR