23 de Novembro
XP revela tendências de consumo para a moda no último trimestre de 2022
Clima frio, Copa do Mundo e comportamento de consumo
das gerações integram análise desenvolvida pela companhia em parceria com
grandes marcas da moda nacional e internacional
Com
o objetivo de desvendar os segredos do mercado da moda e ajudar as marcas a
impulsionarem seus negócios neste fim de ano, a XP INC. desenvolveu uma análise
exclusiva para o setor, apontando tendências de consumo e oportunidades para
empresas do atacado e do varejo.
O
estudo é resultado da 1ª edição da XP Fashion Conference, que reuniu 14 empresas
- Alpargatas, Arezzo&Co., C&A, Chilli Beans, Grendene, Grupo SBF, Grupo
Soma, Guararapes, Live! Lojas Renner, Marisa, Track&Field, Vivara e
Vulcabras -, além da WGSN, líder mundial em previsão de tendências de consumo.
“A
construção desse cenário da moda, com a participação de marcas expressivas para
o segmento no Brasil, revela algumas tendências sazonais, que interferem
diretamente nos resultados das empresas. Entre elas, o clima frio do terceiro
trimestre, que se tornou um desafio para a demanda de curto prazo, e a Copa do
Mundo, que pode acarretar a diminuição do fluxo de pessoas no comércio durante
os jogos”, revela a líder regional da XP Inc. em Minas Gerais, Jéssica
Oliveira.
O clima frio do terceiro trimestre é um ofensor de demanda no curto
prazo
A
instabilidade climática mundial já não permite aplicar com tanta exatidão o
perfil de cada estação do ano e impõe desafios aos varejistas da moda. Exemplo
disso, detalhado pelas companhias que participaram da XP Fashion Conference, é
que o inverno chegou mais cedo do que o esperado em 2022, favorecendo a
demanda, mas se estendeu pelo terceiro trimestre, impedindo que as marcas
virassem suas coleções. “A sazonalidade nos calendários de moda diz muito sobre
o tipo de peça que será vendida. O clima, a temperatura, a umidade e
principalmente as festividades moldam muito as coleções, assim como se uma
estação fica mais longa, também impede que as peças das novas coleções entrem
no mercado”, afirma a líder regional.
Copa do Mundo é um risco, mas as empresas estão se preparando para
mitigar os impactos - Todas
as empresas que participaram da XP Fashion Conference destacaram que os jogos
da Copa do Mundo, que iniciam no próximo dia 20, devem impactar o fluxo de
clientes em loja, refletindo em uma menor demanda. Mas elas garantem que não
ficarão “sentadas no sofá assistindo o resultado adverso” e já estão se
preparando estrategicamente para mitigar os desafios do evento. “As lojas
falaram sobre a antecipação da Black Friday; uso da estratégia de cashback
para provocar recompras dentro do próprio trimestre; e pagamentos pelo telefone
diretamente com vendedores em loja; além de um reforço de estoques para a
demanda do Natal; e uma sólida estratégia multicanal, trabalhando a conveniência”
ressalta Jéssica Oliveira.
Recessões trazem um novo olhar para a moda - De
acordo com a WGSN, as recessões historicamente desencadearam mudanças no
consumo, com os Millennials se voltando para o fast fashion após a crise
de 2008 e a Geração Z olhando mais de perto para a economia circular no pós
pandemia. Porém, as empresas também relatam que marcas voltadas para classes
sociais mais altas continuam apresentando desempenho superior às demais, com
resultados sólidos no terceiro trimestre e uma perspectiva otimista para o
quarto trimestre, embora com alguma desaceleração no resultado anual, dada a
base de comparação mais normalizada.
“Entre
as conclusões das reuniões, pode-se observar também que as varejistas precisam
prestar atenção no Metaverso, com indicações de que as gerações futuras
provavelmente serão muito ativas nesse ambiente, com estimativas de que 25% da
população esteja engajada durante pelo menos 1h até 2026”, avalia a
especialista da XP.
Para
ela, alguns aprendizados de gigantes digitais - como a Shein - que foram
destacados no painel WGSN, apontam direções neste sentido, como a expertise em
trabalhar com “Big Data” para apoiar seus lançamentos de produtos; estratégia
de mídia social, principalmente no TikTok; grade de produtos ampla; preços
competitivos; estratégia de social commerce para fomentar avaliações dos
produtos; e programa de estilistas, com 50 novas contratações a cada 6 meses, o
que acaba trazendo uma nova forma de olhar para a moda, que é constantemente
renovada.
Expectativas
para o fim do ano - Segundo
a líder regional da XP Inc. em Minas Gerais, o desempenho do mercado da moda
neste fim de ano deve se aproximar do período pré-pandemia. “Sem as medidas
restritivas as pessoas retomaram as agendas sociais e isso reflete no
desempenho do comércio. As vendas das últimas datas comemorativas apontam para
um processo de retomada estável e espera-se uma Black Friday e um Natal de
desempenho positivo, próximo aos níveis pré-pandemia. O segmento de moda é um
dos preferidos dos brasileiros para a escolha de presentes nesta época do ano e
um dos mais democráticos, com alternativas para todos os gostos e bolsos. O
lojista deve investir em ações e estratégias que agreguem valor ao processo de
escolha do cliente”, aposta.
Assessoria de Imprensa/XP
Gabriela Daum - Foto: Divulgação